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sábado, 19 de maio de 2012


Polícia abre tumba no Vaticano e descobre corpo de mafioso



A polícia de Roma abriu, nesta segunda-feira, uma tumba na Basílica de São Apolinário, onde estão enterrados vários cardeais e altos cargos do Vaticano, e encontrou a ossada do mafioso Enrico De Pedis, um dos chefes da organização Magliana, que agia em Roma. Enrico De Pedis, que morreu em 1990, está associado ao desaparecimento da jovem Emanuela Orlandi, há quase 30 anos, filha de um empregado do Vaticano, que vivia no pequeno estado papal. A suspeita foi confirmada após análises de DNA, informou o jornal "La Reppublica".
A caixa contendo os restos mortais do gângster estava perto do caixão de De Pedis, e não dentro da tumba. Também foram encontrados objetos e imagens que ainda serão analisados pelas autoridades. O caixão de De Pedis será levado para o cemitério romano Prima Porta depois de concluídos os exames.
A advogada da família Orlandi, Nicoletta Piergentili, disse a Ansa que o ossuário anexo à igreja de Santo Apolinário também será inspecionado e examinado para verificar a hipótese de que a garota tenha sido enterrada junto com o mafioso. "Finalmente será possível colocar um ponto final nesta pista, uma das muitas que se seguiram ao longo dos anos. É apenas um passo a mais para as investigações e esperamos que tudo seja esclarecido. Não tinha dúvidas que Emanuela não estava no caixão", comentou seu irmão Pedro.
A decisão do Ministério Público de reabrir o túmulo veio depois de um telefonema anônimo a um programa de TV, em 2005, que denunciava o enterro do mafioso na basília romana. Pouco depois, a ex-namorada do mafioso, Sabrina Minardi, revelou que teria sido ele quem sequestrara Emanuela. A jovem tinha 15 anos quando desapareceu depois de sair do apartamento da família dentro do Vaticano para ir a uma aula de música.

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