Pesquisar este blog

terça-feira, 20 de outubro de 2009

MST: revolta e indignação

MST: revolta e indignação
Evandro Junior


Imagens valem mais que mil palavras, mas às vezes é necessário contextualizá-las – e nelas se inspirar para expressar sentimentos diversos. Nesse caso, manifestar indignação e repúdio. Refiro-me à cena deprimente de um trator avançando sobre pés de laranja no interior de São Paulo. Ao volante da máquina um integrante do Movimento Sem Terra (MST), um dos 450 que invadiram a propriedade, apontada pelos líderes da organização como ‘área pública’.

A ação merece o mais absoluto repúdio e reforça a face criminosa do movimento, sustentando com recursos federais que migram dos cofres públicos para a conta de uma entidade sem personalidade jurídica, que usa os recursos para cometer uma série de irregularidades, a começar pela invasão e destruição de propriedades privadas. Nesse contexto, a reforma agrária é apenas pano de fundo para que o MST se abasteça com recursos públicos para perpetuar práticas delituosas.

A mobilização pela reforma agrária é mais que justa, desde que feita à luz da legalidade e se oriente pelo respeito à propriedade, com submissão irrestrita ao ritual jurídico que norteia os procedimentos de desapropriação e distribuição da terra para quem de fato a tenha como meio de sobrevivência. Quaisquer ações que desdenhem da legislação e descambem para a truculência, com notório desrespeito aos princípios mais simplistas do ordenamento jurídico, devem ser severamente repudiadas.

Mas o MST não apenas ignora os rituais jurídicos como os afronta, na medida em que invade e destrói propriedades rurais alheios às conseqüências de suas ações, como se fossem imunes às penalidades legais por atos com notório perfil de crime. O que ocorreu no laranjal paulista, parcialmente destruído sob o pretexto de se plantar arroz e feijão, é apenas uma das muitas ações irresponsáveis executadas pelo movimento país afora, numa seqüência que indigna e revolta.

Dar um basta a esses atos impõe se como medida inadiável – e para tanto é necessário dar uma ‘cara’ ao MST, hoje desfigurado como entidade pela qual parece não haver responsável algum, daí a dificuldade de se apontar culpados e estancar de vez a avalanche de atos que mancham a reputação nacional e sugere um país sem lei, incapaz de alcançar quem invade e destrói propriedades rurais. A instalação de uma CPI para investigar o MST é o primeiro passo.

A base aliada, liderada pelo PT, claro, cria obstáculos à iniciativa, pois esse governo não é apenas conivente com a irresponsabilidade do movimento, como o oxigena com recursos públicos, financiando suas atividades – inclusive aquelas que passam ao largo do que se reconhece como lícito e justo no tocante à reforma agrária e resvala para o crime. A título de ilustração, é oportuno lembrar que o orçamento de 2010 prevê mais de R$ 1 bilhão para ‘assentamentos’.

Não se sabe quanto desse dinheiro vai inchar os cofres do MST – e é exatamente o que a Comissão Parlamentar de Inquérito quer descobrir. Suspeita-se que uma carreta de dinheiro já tenha sido despejada nas contas das lideranças do movimento, que se abastece também de recursos externos, outra fonte de renda sobre a qual pouco se sabe. Esses ingredientes formam um caldo difícil de engolir e cujo gosto torna-se cada vez mais amargo diante de cenas como a destruição de pés de laranja.

Evandro Junior é vereador em Maringá pelo PSDB


--
Assessoria de Comunicação

Vereador Evandro Junior (PSDB)
www.evandrojunior.com.br
vereadorevandrojunior@gmail.com
44 - 3027 - 4121
Edivaldo Magro - Jornalista
icaro.mga@hotmail.com
44 - 9947 - 9020
Maringá – PR

Nenhum comentário:

Postar um comentário