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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Flamengo vence o Fluminense nos pênaltis e está na final da Taça Rio

RIO - Mudou o rival, mas a história da Taça Guanabara se repetiu. Com duas defesas na decisão por pênaltis contra o Fluminense, neste domingo, no Engenhão, o goleiro Felipe repetiu a performance da semifinal da Taça Guanabara, contra o Botafogo, e garantiu a classificação do Flamengo para a final da Taça Rio. A vitória por 5 a 4 nas penalidades, após empate em 1 a 1 no tempo normal, deixa o clube da Gávea em condições de garantir o título carioca já no próximo domingo, na final do segundo turno, contra o Vasco. Já o time de São Januário terá de superar o adversário para depois reencontrá-lo na decisão do campeonato.

Na longa série de penalidades, com sete cobranças para cada lado, Felipe pegou os chutes de Araújo e Tartá. E coube a Diego Maurício, que foi escalado de última hora no lugar de Ronaldinho Gaúcho, vetado por dores no joelho esquerdo, decretar a vitória, tornando-se o segundo herói rubro-negro da noite.
Autor do gol de empate no segundo tempo do jogo, o ex-tricolor Thiago Neves teve a chance de encerrar a série inicial de pênaltis mas Ricardo Berna defendeu seu chute. No fim do jogo, aliviado com o desfecho do jogo, o camisa 7 comemorou o sucesso dos colegas:
- Eu peguei mal na bola. Mas a gente tinha o Felipe no gol, que nos salvou hoje, e o Diego Maurício, que fez o gol da classificação. Pelo que o Flamengo fez no segundo tempo, mereceu a classificação - afirmou Thiago Neves.
Apagão e gol irregular no primeiro tempo
Fred consola o goleiro Ricardo Berna após a derrota - Foto: Ivo Gonzalez
Para o Fluminense, resta voltar as atenções para a Libertadores. Quinta-feira, o time faz o jogo de ida contra o Libertad, pelas oitavas de final, no Engenhão. O zagueiro Gum acredita que o desgastante jogo da classificação contra o Argentinos Juniors, quarta-feira passada, cobrou seu preço neste domingo.
- Acho que no segundo tempo a equipe baixou um pouquinho, creio que foi isso. Mas o time está de parabéns, e quinta-feira tem outra decisão - declarou.
A etapa inicial foi disputada em capítulos. O primeiro durou 11 minutos, até cair a energia no Engenhão. E foi animado: o Flamengo começou atacando e com três minutos já tinha chutado duas vezes, com Renato Abreu e Leo Moura. O Flu acordou e também levou perigo: lançado pela direita, Rafael Moura chega na frente de Felipe e cruza para Fred, que cabeceia por cima. Aos sete, o primeiro lance polêmico: Rafael Moura recebeu livre na meia-lua e saltou na dividida com Felipe. O árbitro Péricles Bassols viu simulação no lance e puniu o atacante tricolor com cartão amarelo do jogo. Logo depois, o Flamengo perdeu Leo Moura, que se contundiu numa dividida com Conca e deu lugar para Galhardo, pouco antes do apagão.
A longa parada para restabelecimento da energia não esfriou o Fluminense. Aos 16, Rafael Moura obrigou Felipe a defender em dois tempos o chute da entrada da área. Foi só um ensaio até mais uma interrupção, para o tempo técnico, desnecessário naquele momento. Quando a bola voltou a rolar, enfim Rafael Moura venceu o duelo com Felipe, embora num lance irregular, aos 21 minutos: Marquinho cobrou falta da esquerda, Gum ajeitou de cabeça e o atacante tricolor, impedido, completou para o gol, também de cabeça. O Flu poderia ter ampliado aos 29, em chute de esquerda de Fred bem defendido por Felipe.
Só então o Flamengo conseguiu voltar a atacar. Aos 34, Thiago Neves deixou Diego Maurício livre na área mas Ricardo Berna espalmou o chute cruzado, e Edinho se antecipou a Wanderley para impedir o rebote, na melhor chance rubro-negra na primeira etapa.
Felipe evita a derrota com defesas no fim do jogo
Diego Maurício comemora após garantir a vitória do Flamengo nos pênaltis - Foto: Alexandre Cassiano
Insatisfeito, o técnico Vanderlei Luxemburgo fez suas últimas duas mudanças: Deivid e Bottinelli entraram nas vagas de Wanderley e Fernando. Mas foi o Fluminense quem continuou pressionando. Logo aos dois minutos, Felipe fez duas defesas seguidas, na falta cobrada por Fred e no rebote de Mariano. Aos 11, a bola sobrou limpa para Fred na área mas o goleiro rubro-negro desviou para escanteio com as pernas.
Refeito dos sustos, o Flamengo enfim começou a equilibrar o jogo. Thiago Neves teve boa chance aos 14, mas bateu para fora. Na segunda tentativa, saiu o empate: Willians lançou para a área e o camisa 7 rubro-negro cabeceou sem chances para Ricardo Berna. O gol animou o time da Gávea, que viveu seu melhor momento na partida. Aos poucos, porém, o Fluminense se reorganizou e teve o segundo nos pés de Marquinho, aos 36, mas o meia, livre na entrada da área, chutou por cima do gol de Felipe. Aos 42, o goleiro salvou mais uma, saindo nos pés de Araújo, no último lance de perigo do jogo.
Assim como no jogo, o Fluminense também começou melhor a disputa de pênaltis. A torcida tricolor comemorou duas vezes seguidas: no gol de Fred e na defesa de Ricardo Berna no chute de Renato Abreu. Mas Souza também perdeu, batendo por cima. Depois disso, vieram cinco gols seguidos, de Deivid, Edinho, Galhardo, Conca e Bottinelli. Quando Felipe pegou o chute de Araújo, o Flamengo ficou com a vaga nos pés de Thiago Neves, mas o chute no canto esquerdo parou em Ricardo Berna, levando a série para as cobranças alternadas. Gum deslocou Felipe e colocou o Flu em vantagem, só que David Braz empatou a disputa. Na cobrança de Tartá, brilhou novamente a estrela de Felipe, que pulou no canto direito em que se consagrou contra o Bota fogo. Depois, bastou Diego Maurício confirmar a classificação com um belo chute no canto direito.

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