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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Paraguaios visitam Usaçucar em Tapejara, no noroeste do Paraná



Empresários e autoridades de Concepción se surpreendem com a usina de médio porte brasileira; o intercâmbio de informações sobre produção de açúcar e etanol entrou em pauta

Uma comitiva de empresários e de autoridades de Concepción, no Paraguai, desembarcou em Tapejara, no noroeste do Paraná, na semana passada. O grupo fez uma visita técnica à Usaçucar, do grupo Santa Terezinha, com o objetivo de promover o intercâmbio de informações sobre tecnologia e gestão industrial para a produção de açúcar e etanol.

Entre pés de cana-de-açúcar e máquinas, os paraguaios tiveram a oportunidade de conhecer em detalhes o processo de fabricação de açúcar, etanol e energia elétrica em uma usina de médio porte brasileira. A missão foi articulada pelo Centro de Desenvolvimento de Tecnologias para a Integração Transfronteiriça de Micro ePequenas Empresas do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e América Latina (Sebrae CDT-AL) com a Embaixada do Brasil em Assunção, por meio do embaixador Eduardo Santos, e o Setor de Promoção Comercial (SECOM) da Embaixada do Brasil, em Assunção.

O grupo também participou de um encontro com lideranças de Umuarama, a fim de estreitar relacionamentos com o Paraná e a cooperação internacional. Na ocasião, o diretor da Universidade Paranaense (Unipar) - Campus Umuarama, Nílvio Ouríves dos Santos, sugeriu, a realização de um seminário internacional, com foco no segmento de agronegócio.

A proposta, de acordo com o consultor do Sebrae CDT-AL, Luiz Antônio Rolim de Moura, foi muito bem recebida e a expectativa é de que a região noroeste do Paraná aproveite a aproximação para promover diversas ações de apoio à internacionalização. “A troca de informações entre países favorece o ambiente de negócios”, afirmou Rolim.

Na visita técnica, o governador de Concepción, Emilio Pavon Doldan, se atentou para o modelo de parceria agrícola exercida pela Usaçucar. Mediante contrato, proprietários arrendam as terras e gestores industriais combinam um valor a pagar por alqueire. “Fiquei surpreso com o sistema de trabalho, nada se perde. Até o bagaço é transformado em energia elétrica”, ressaltou Emilio Doldan.

Impressionado com a organização, estrutura e a forma como se realizam os contratos de parceria, o prefeito da capital Concepción, Alejandro Urbieta Cáceres, afirmou que o modelo industrial pode ser adotado pelos paraguaios. “Há muitas pequenas propriedades que podem se unir para desenvolver um processo industrial”, reforçou o prefeito. 

A intenção de Alejandro Cáceres, com a transferência de tecnologias e informações do Brasil para o Paraguai, é promover um processo industrial com foco em agregar valor nas pequenas e médias propriedades rurais. Com a produção conjunta, a expectativa é estimular a geração de emprego e renda para a região de Concepción.
  
O governador Emilio Doldan acrescentou ainda que o Paraguai vive uma fase de “despertar” para a agroindústria. “Antes, compensava importar. Hoje, vemos a possibilidade de plantarmos e industrializarmos nossos produtos. Por isso, decidimos conhecer o que o Brasil tem de melhor em tecnologia e gestão industrial”, enfatizou.

Usaçucar
O grupo Santa Terezinha tem cinco unidades da Usaçucar na região noroeste do Paraná, nos municípios de Iguatemi, Paranacity, Tapejara, Ivaté e Terra Rica. Em Tapejara, a usina tem capacidade para processar, por dia, 19 mil toneladas de cana-de-açúcar. Por trabalhar com mix de produção de 80% para açúcar e 20% para álcool, uma tonelada de cana-de-açúcar pode render até 140 quilogramas de açúcar e em torno de 24 litros de álcool. Todo o açúcar produzido e 60% do álcool são exportados.

Francisco Meneguetti, diretor executivo da Usaçucar, acompanhou a visita técnica dos paraguaios e comentou que, atualmente, com o comércio globalizado as empresas estão se voltando para o mercado externo, porque abre portas de negócios. “E esse é o objetivo da missão paraguaia”, analisou o dirigente da usina.

Lei de Maquila
O consultor do Sebrae CDT-AL, Luiz Antônio Rolim de Moura, lembra ainda da Lei de Maquila do Paraguai, que favorece a cooperação internacional. Ele explica que, a partir da legislação, empresas paraguaias são incentivadas a instalar linhas de montagem adquiridas de fabricantes no exterior. Em contrapartida, a produção deve ser direcionada à exportação. Tudo isso, com o recolhimento de um único imposto, equivalente a 1% sobre o valor agregado ao produto local.

Foto: Comitiva paraguaia em visita à usina Usaçucar
Crédito: Divulgação

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