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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CORREDOR ECOLÓGICO VAI LIGAR BOSQUE 2 E INGÁ

Os recursos obtidos pela Prefeitura de Maringá por meio do mecanismo chamado de outorga onerosa, que é pago por construtoras para ampliar o potencial construtivo de um terreno (o que permite, por exemplo, aumentar o número de andares de um prédio) vão ser revertidos para a recuperação e para a conservação de fundos de vale.
"Em vez de o empresário fazer o pagamento em dinheiro à prefeitura, vamos exigir como compensação ao aumento do potencial construtivo a doação de terrenos ao município que permitam a criação de corredores ecológicos", explica o secretário de Saneamento e Meio Ambiente, Leopoldo Fiewski.
Dentro do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Maringá, que vai ser apresentado pela prefeitura no dia 30 de novembro, a prioridade é fazer a ligação, por meio de um corredor ecológico, entre o Parque do Ingá e o Bosque 2. As duas reservas, que pertencem à bacia hidrográfica do Rio Ivaí, possuem um elo natural: o córrego Moscados, que nasce no Parque do Ingá, desagua no córrego Cleópatra, que tem a nascente localizada no Bosque 2.
Segundo Fiewski, o segundo corredor de maior prioridade para a recuperação e a conservação é do córrego Borba Gato, que nasce no Horto Florestal e segue até o Parque Borba Gato, localizado no bairro com o mesmo nome. "Queremos que estas áreas verdes retornem ao domínio público para que possamos fazer a recuperação e a conservação."
O secretário relata que há estudos para que as medidas compensatórias previstas nos Relatórios de Impacto de Vizinhança (RIV) e nas autorizações do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) também sejam usadas para aquisição de áreas para ampliação dos corredores prioritários.

Mata Atlântica
Fiewski destaca que Maringá vai ser a segunda cidade do Brasil a fazer o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica.
"O prefeito foi provocado pela ONG SOS Mata Atlântica a fazer este trabalho e ele aceitou o desafio. O planejamento estratégico com as diretrizes gerais está pronto, e agora trabalhamos na implementação", diz.
Um dos próximos passos previstos é a transformação do plano em lei municipal, além da conclusão de outros dois planos importantes: o de arborização urbana e o de drenagem urbana.
Para a área rural do município, a prioridade, segundo o secretário, é a conservação do manancial de abastecimento de água do município, que é o rio Pirapó. "Para estas áreas, vamos fazer um zoneamento ecológico, para que seja definido o que pode e o que não pode ser feito e quais os cuidados que vamos exigir".


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