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quarta-feira, 31 de março de 2010

Por que Sarandi não elege um/seu Deputado próprio?

Sarandi padece de um histórico e não muito exemplar processo de descompensação política em não poder eleger um Deputado nas bancadas parlamentares das assembléias estaduais e federais.
Entender os fatores determinantes políticos desta infeliz realidade de sermos faltos de Deputados (as) genuínos e que lutem pelo desenvolvimento do futuro de Sarandi é por demais irônicos, para não ser trágico.
Hoje, detemos de 55 mil cidadãos (ãs) votantes. Uma vez que só por esse “montante eleitoral”, já se tratar de uma infeliz “ironia do destino” que compartilha com a egoística “união” de nossa classe política e dos cidadãos em não podermos eleger sequer “um deputado” por falta de consenso político em torno de poucas candidaturas.
Além do mais, a nossa proximidade com a cidade-núcleo da região metropolitana de Maringá, cuja posição econômica domina quase todo “capital político” que, tendenciosamente, gerencia a grande maioria das alianças e articulações vem a “desarticular” qualquer pretensão de Sarandi em “lançar poucos nomes” ao prélio eleitoral.
Outro detalhe, é que com a “pulverização” de candidatos em concorrer a uma “vaga parlamentar” vem a tornar de fato mais uma espécie de “manobra política quadrienista” aos submissos candidatos sarandienses, fazendo-os verdadeiros “cabos eleitorais” de “pára-quedistas políticos” que não se preocupam nem um pouco com a realidade sarandiense, apenas querem repatriar seus votos.
Todavia, infelizmente, permanece em Sarandi uma “cultura” do partidarismo revanchista que insiste em não se integrar e articular no sentido de haver convergência de propostas de candidaturas locais com o menor número possível de concorrentes.
Já filosofava Sócrates que “... o povo tem o governo que merece...”. Entretanto, em Sarandi, no campo das eleições proporcionais, nem isso podemos ser vítimas, porque não elegemos sequer um Deputado para reivindicar nossas demandas sociais que, por sinal, não são poucas.
Assim, Sarandi não só deslancha politicamente a nível estadual ou federal em virtude de sermos “eternos” refém de “caciquismo partidários”, assim como “engessa” qualquer iniciativa política que consiga “dar luz” a esta “lanterna dos afogados” frente aos caudilhos da classe política local no sentido de priorizar uma candidatura forte de reduzidos candidatos para a cidade como um todo.
Isto só se repete, essencialmente, porque não aprendemos a reformatar as frágeis e viciadas coligações políticas para que se desviem de grupos políticos, cujos interesses não são nada condizentes com aquilo que os sarandienses merecem em termos de representatividade.
É nesta reflexão que mais uma eleição se virá, e nenhum representante genuinamente sarandiense estará lá nas assembléias nos representando e lutando pelos interesses de um povo.
Ou seja, simplesmente porque não aprendemos a lição de nossa instrutiva história que nos revela que a quantidade de candidatos trará apenas uma qualidade em debates - se é que haverá - e não haverá eleitos, novamente, que nos representem politicamente. A não ser que se institua o “Voto Distrital”.
Portanto, de nada adiantará, dividir os votos locais pela ação das múltiplas candidaturas. Estaremos assim, apenas contribuindo para permanência dos mesmos “de fora” que insistem em nos manter “desarticulados” e submissos aos jogos do poder através de mecanismos vis de politicagem barata modulados por trocas de favores cooptativas e comissões que levam Sarandi, cada vez mais, para o ostracismo político.



Por
Dr. Allan Marcio
044-3264-3553
044-9912-0638

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