A forma de “gerir” as necessidades sociais sob a responsabilid de de um “corpo político” local é de uma essência incalculável sob o ponto de vista do desenvolvimento urbano e ambiental de um território ou cidade.
Entretanto, fica a desejar este patriótico exercício quanto àquilo que realmente as propriedades ideológicas dos políticos preconizam, enquanto promotores legalmente eleitos e empossados para esta digna função pública de promover o bem comum.
Entendemos que o “jogo de interesses” e os espaços de pactuação de diferenças políticas ou ideológicas são as bases do desenvolvimento da democracia participativa e interativa. Só que, como sempre, apresenta vícios ou “vieses” que precisam ser “recalibradas” pela lente da opinião pública organizada.
Explico. Nem sempre é uma maioria lúcida e entendida que decidem em nome do povo como preceitua a Democracia Republicana, mas geralmente é ao contrário, ou seja, é uma minoria “gabinetista” e sorrateira que definem sem o referendo popular aquilo que é melhor aos seus propósitos escusos e vilipendiador da fé pública.
Val André Mutran, eminente jornalista, tipifica alguns tipos de políticos que concordo com o mesmo, vamos a eles: Há três tipos de políticos:
1- Os eminentes políticos;
2- Os eminentes técnicos;
3- E os traíras (sinônimo de Judas).
Os traíras detém o maior poder. Explico:
1- Traem acordos, ao pensar que são eminentes políticos;
2- Traem a razão, ao pensar que o preparo resolve os problemas de seus liderados;
3- Sobra o traíra, que balança de acordo com a conveniência. Trai, pois se não o fizer será engolido pelo político e escorraçado pelo técnico.
Ao que se percebe no cenário político como um todo, este terreno não é feito para “amadores”, bem como para “bisbilhoteiros de plantão” e algo tão gigante e abrangente que trabalha, primeiramente, com as três estruturas da psique humana freudiana - o ego, o id, superego – melhor dizendo, a vaidade humana. Por isto estas exposições se tratam de uma ciência humana e não exata como a matemática.
Max Weber resume esta “Relação de Poder” entre “Política” e “Políticos” magistralmente assim: “... A política obtém assim a sua base no conceito de poder e deverá ser entendida como a produção do poder. Um político não deverá ser um homem da "verdadeira ética católica".
Aqui é entendida por Weber como a ética do Sermão da Montanha - ou seja: oferece a outra face. Um defensor de tal ética deverá ser entendido como um santo (na opinião de Weber esta visão só será recompensadora para o santo e para mais ninguém).
Nesse analise, a esfera da política não é um mundo para santos. O político deverá esposar a ética dos fins últimos e a ética da responsabilidade, e deverá possuir a paixão pela sua atividade como a capacidade de se distanciar dos sujeitos da sua governação (os governados).
Portanto, as estratégias da permanência no poder têm que considerar estas multipossiblidade que abrangem o contexto dialético da política em si como processo social de implantação de políticas públicas e promotoras do resgate da cidadania de nossa gente.
Enfim, será preciso não só representatividade política de fato e de direito, mas, também, participalidade pública atuante e progressista para não ficarmos apáticos frente às necessidades sociais acumuladas que nos causam comoção e vergonha municipal.
Por
Dr. Allan Marcio
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