Estamos nos aproximando de mais um exercício da Democracia Representativa promovida pelo sufrágio universal na ocasião em que se aproximo “mais um” Pleito Eleitoral a nível nacional.
Serão diversos “candidatos” que estarão disputando inúmeras cadeiras legislativas e a Presidência da República com “unhas e dentes” sem muitos deles se preocupar realmente com os interesses de um povo, mas de seus grupos políticos.
Por isto, entre outros, que o custo da democracia[1] está comprometendo sua sustentabilidade diante da estrutura política que foi criada, permitindo que haja um banquete político, restando às sobras ou migalhas ao povo.
Assim, em época de eleição transparecem as chagas da democracia[2]: opta-se normalmente por candidatos populistas, por aqueles pertencentes a uma “dinastia” de políticos ou por aqueles que possam ser impingido aos eleitores por laboratório de marketing.
Às vezes, os mais cínicos e inescrupulosos galgam o poder porque os honestos e competentes não tem coragem de fazer o que eles fazem.
É impressionante assistirmos este “espetáculo circense” de forma apática e impotente, onde vemos nossa representatividade se corroer frente a “interesses” sórdidos passivelmente observados frente a uma nação tão ordeira e generosa.
Fernando Pedreira[3] nos empresta seu entendimento quanto aos “interesses de partido” e não de “povo” exercido por políticos tendenciosos quando nos explica que “... a vontade popular é grosseiramente traída por uma récua de partidos e legendas que não passam de gazuas eleitorais, desprovidos de qualquer representatividade verdadeira...”.
Outro fato que precisa ser debatido é quanto ao sistema de “Coeficiente Eleitoral” para que ocorra, como tem ocorrido que um candidato que teve expressiva votação indiretamente eleja candidatos com minguada votação.
Segundo Franco Sobrinho[4] “... os partidos políticos, por falta de unidade e respeito à programação, não procuram os quase melhores ou quases-capazes, que depois só aliançam intenções conforme ditem os interesses pessoais ou partidários e o povo que se explo...”.
De quem é a culpa de tudo isso? Por que vivemos uma exclusão social num país de expressão mundial em termos de Produto Interno Bruto? Quantos recursos recolhidos sob o chicote dos tributos e até quando iremos suportar tamanho má aplicabilidade dos mesmos?
Portanto, há décadas o povo sabe disso e continua cego e surdo na sua participação eleitoral alimentado o conformismo e inércia política. Será falta de educação? Falta de patriotismo ou consciência do dever eleitoral?
Enfim, somente será possível sair desse fosso quando for propiciada a cultura ao povo, pois se aprimorando o nível dos eleitores estar-se-á aprimorando o dos candidatos. Só que isso será uma nova estória a ser contada em outro pôr-do-sol...!
Por
Dr Allan Marcio
Cirurgião Dentista
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