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quinta-feira, 11 de março de 2010

A insustentável leveza das “verdades”...

Já dizia um velho Provérbio Iugoslavo “Diga a verdade e saia correndo”. Eis o peso da responsabilidade daqueles comprometidos com a melhora das circunstâncias que nos cercam.
Ouvimos muito falar de uma “Sociedade Líquida”, onde o que é novidade hoje, amanhã já é ultrapassado, ou seja, aquilo que era “valores comunitários” tradicionais se esfacelam frente ao rompante da “velocidade digital”.
Hoje não há distâncias, nem aquilo que não possa ser descoberto, resumindo, não há espaços mais para “crimes perfeitos”. A sociedade se instrumentalizou e se armou com métodos investigativos somente pensado um dia por filmes de ficção cientifica.
Todavia, mesmo diante de tantas facilidade tecnológicas, ainda não aprendemos uma importante lição: a respeitar a Coletividade. São inúmeros os descasos frente aos direitos fundamentais/sociais que geram atrasos e retrocessos.
Ficamos assistindo atônitos às diversas novelas ou peças teatrais que encenam e contracenam neste “circo mambembe” da administração pública sarandiense sem entender muito o porquê da piada, mas sentindo o clamor pela cidade de seus pífios resultados.
O simples uso da “verdade” seria a varinha mágica que provocaria as mudanças necessárias e o retorno às condições de normalidade, mas quem se atreveria confrontar com a “mentira” sua poderosa arquiinimiga histórica?
Nos “jogos de interesses” a verdade seria a ultima convidada, ficando atrás da dissimulação, engodo, inveja entre outras primas sorrateiras que frequentam o bailar dos “bastidores do poder”.
Como manter, então, as condições mínimas de uma cidade sob a égide da lutar do “poder pelo poder” para que um corpo governamental possa conduzir com equilibro o bem comum dos excluídos?
É que na maioria das vezes nos esquecemos de Governar, e legislamos simplesmente em causa própria, não se esquecendo da verdade, mas fazendo pior, omitindo-a.
Os nossos dirigentes se responsabilizam não só administrativa e hierarquicamente, mas também politicamente. Mas muitos se esquecem desse detalhe. Se os mesmo não desenvolvem um bom trabalho, toda uma cidade perde.
São estes vieses da natureza humana que o “Contrato Social” de Rosseau tentou coibir, mas as lacunas da interpretação jurídica sangraram-no mortalmente quando legitimou o ilícito das famigeradas “entrelinhas/lacunas” jurídicas.
Portanto, não adianta chorarmos, precisamos “reaprender” rápido o significado esquecido da frase “vida em comunidade”, pois de nada adiante um povo bom, sem governantes justos, ou seja, “... tudo seria vaidade e correr atrás do vento...” (Eclesiastes).



Por

Dr Allan Marcio

Cirurgião Dentista

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