Como é espantoso e multicolorido os púlpitos/palcos que o “poder” entoa e adorna. Nas comemorações não se distingue mais os indiferentes e nem os diferentes, apenas iguais externando num mesmo sorriso o cadenciamento da hipocrisia estampada.
Comemorações a parte. É indiscutível a “barra” que o Prefeito de Sarandi recém empossado enfrentará daqui para frente. Sendo bom frisar, também, que não haverá “respostas milagrosas” para a problemática sarandiense.
A costura das soluções se passa, primeiramente, no ajustamento da equipe de governo (maior desafio) e a sensibilização nos mesmos que precisa é mudar, e não mais brincar de “mudar”.
Outro fato, será a recredibilização da imagem desgastada do atual Prefeito, para tanto terá que exercer uma diplomacia integrativa pautada em obras práticas articulada junto aos organismos sociais (Associações de Bairros, Conselhos, Entidades de Classe, etc.) mediante uma linguagem clara e recíproca e não mais regidas por promessas vazias, porém viáveis.
Sabemos que “choque de gestão” nada mais é do que introduzir a lógica do clamor social na administração pública. E esta observação, infelizmente, foi muito subutilizada pelos nossos gestores anteriores.
Administrar uma cidade não significa apenas empossar um cidadão na investidura de Prefeito, isso não passa de formalidades da justiça eleitoral. O ato e o efeito de governar um povo transcendem a qualquer analise feita por este humilde cronista.
De tão complexo, chega a ser retórico. É como se os extremos do ser humano nesta “governança” – ego e humildade – se conflitassem diuturnamente em cima dos seus valores temporais e morais numa tentativa de responder o irrespondível diante da demanda social.
Governar Sarandi é objeto de muitos interesses de grupos políticos, mas quando ascendem ao poder compreendem que entre a “capacidade de governança” e a “capacidade de governabilidade” há uma distância enorme e transponível apenas pela reabertura do diálogo da cidadania participativa com o governo em exercício.
Assim, neste cenário, é aonde as promessas falecem, o clamor social se aflora e os conflitos sócio-políticos “pipocam”. É a afirmação da velha e coerente “Lei da Ação e Reação” (3º Lei de Newton)
Entendemos, também, que desafios são feitos para serem vencidos e não esquivá-los dos mesmos, a sensatez e a prudência são as lanternas da sabedoria para estas horas de dúvidas frente aos pantanosos caminhos da gestão pública a seguir.
Por isso, “um olho no peixe, e outro no gato”. Não há formulas mágicas, feitiços, jeitinho brasileiro que resista a incompetência e a inapetência técnica daqueles que querem para si aquilo que são, por direito, da coletividade.
Rogamos votos de que essa nova administração reitere e execute o “pacto social” tão aclamado nos otimistas discursos proferidos nos canais de comunicação da região.
Enfim, que venha atender ao clamor desta comunidade de “pais/mães de famílias” sarandienses, que não querem mais outra coisa do que seus direitos sociais guarnecidos e exercidos com transparência e justiça social.
Opinião
Por
Dr. Allan Marcio
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