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“Passarela” inútil é derrubada acabando com uma polêmica de quase 20 anos
A Prefeitura de Mandaguari deu mais um passo importante da a revitalização da área da Estação Ferroviária. Nesta terça-feira vieram abaixo as duas estruturas que seriam para a construção de uma passarela sobre a linha férrea, ligando o centro da cidade aos bairros da região Norte da cidade. “Eram estruturas que não atendiam nenhum item de segurança para pedestres, ciclistas, cadeirantes ou quem quer que seja que fosse utilizá-las”, resumiu o prefeito Cileninho, que acompanhou o trabalho das máquinas e colaboradores do município.
Para a presidente da Associação dos Moradores do Jardim Esplanada, localizado logo ao lado da linha férrea, “é um alívio, pois as estruturas representavam perigo para moradores e principalmente crianças do bairro”. A Secretaria de Obras da Prefeitura já havia vistoriado as duas escadarias e constatou problemas em suas estruturas.
PLANEJAMENTO - A revitalização da área em que está a Estação Ferroviária é um projeto que vem sendo efetivado pelo prefeito Cileninho desde o início do primeiro mandato, em 2005, e prosseguiu depois da sua reeleição. A primeira etapa foi a retirada do pátio de manobras daquele local, acabando com os transtornos causados para os moradores dos bairros que ficam após a linha férrea. Este ano foi liberada a área para construção da nova perimetral. E há duas semanas o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através da Secretaria do Patrimônio da União e Superintendência do Patrimônio da União no Paraná, anunciou a lavratura do contrato de cessão do terreno de 18 mil metros quadrados da área localizada na Rua Luiz Trintinalha, pátio da estação ferroviária de Mandaguari. No local, vários projetos serão implantados pelo município, cujos detalhes serão divulgados nos próximos meses, incluindo uma avenida perimetral.
INACABADA E INÚTIL - Este projeto de revitalização permitiu à Prefeitura acabar com duas gigantescas estruturas de concreto que até esta terça-feira eram vistas como exemplos de irresponsabilidade com o dinheiro público. Boa parte da população nem sabia o que eram aqueles “monumentos”.
Com sete metros de altura cada uma, inteiramente feitas em concreto, as duas construções ao lado dos trilhos eram pilastras de uma passarela sobre os trilhos, erguidas há cerca de 20 anos por sugestão de um vereador.
O argumento era de que a passarela serviria para evitar que alguém fosse atropelado pelo trem. A passarela nunca foi concluída a prefeitura vinha encontrando dificuldade para retirar as estruturas de concreto. O motivo: A construção foi parar na Justiça depois de uma denúncia de superfaturamento na obra.
No começo deste ano o Jornal O Diário do Norte do Paraná, de Maringá publicou matéria a respeito do assunto. “Quem pode imaginar o que se passa na cabeça de certos vereadores e certos administradores?”, indagou à reportagem do maringaense, Domício Cavalcante, 72 anos, que todos os dias passa pelo pátio da estação para ir ao centro da cidade. “A maioria das pessoas que passam por aqui é idosa e criança, que dificilmente conseguiria subir numa passarela dessa altura”, ironizou.
De acordo com a reportagem do jornal se a ideia era dar maior segurança, os esqueletos de concreto tornaram-se uma ameaça, pois crianças que estudam em escolas das proximidades se divertem subindo naqueles objetos estranhos. “Um tombo de sete metros de altura é morte certa”, concluiu Cavalcante.
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