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terça-feira, 27 de abril de 2010

Quais as razões das Crises “Ego-Administrativas” do Poder Público?

São muitos gestores espalhados por todo o Brasil aflitos perante a incontrolável escalada de demandas sociais em suas bases administrativas, porém mesmo havendo respostas, não estão conseguindo atingir uma operacionalidade eficiente talvez por ineficácia técnica e, também, de egos.
As crises não formam necessariamente um bom administrador, mas certamente os revelam e o desenvolvimento do seu caráter está no centro de nosso progresso não só como líderes, mas também como seres humanos frente aos desafios sociais.
Dizem que precisamos “... compreender a marcha e ir tocando em frente”, entretanto muitos não apreciam “compreender”, porém insistem em “tocar em frente” rumo aos seus interesses, esquecendo-se do real sentido humanitário e responsável da “marcha”.
As ferramentas de gestão por mais sucateadas ou retrógradas que estejam, nelas mesmas abrigam as condições propícias de engendrar melhorias a qualquer estado de “caos” instalado, bastando para isso “vontade do gestor” em melhorar os processos gerenciais dos seus comandados.
Assim, por que se insiste em dificultar o “livre arbítrio” da moralidade e da legitimidade nas práticas públicas sabendo que, lá no fundo, serão elas as redentoras da reorganização da qualidade de vida em sociedade?
Quantas vidas são ceifadas ou excluídas por simples “canetadas” de nefastos “gestores” endossando cheques clientelistas e relegando centenas ou milhares de famílias aos porões da exclusão social?
Não que a prática destes modelos expropriantes de condução governamental estejam totalmente errados, porém escorreram por aquele solo árido da história o sangue dos mártires, donde tentaram aguerridamente recompor novos rumos às injustiças sociais provocados por aqueles déspotas.Neste contexto, surge outra indagação, por que os “princípios” são apenas instrumentos de falácias discursivas por demagogos de plantão e não conseguem cristalizar os “direitos líquidos” abrigados na sua essência ética (CF/88), convertendo-os pelo legislador constituinte em preceitos jurídicos não aplicáveis na prática?
Dizem que as pessoas[1] que conquistam altas posições, mas não tem estrutura para sustentá-la durante o período de estresse caminham para o desastre.
Portanto, de nada adianta, a não ser por pura e simplesmente “sede de poder”, tentar fazer algo administrativamente sem que se empenhe em exercer um planejamento estratégico continuado se preocupando com seu povo e não com “seus” grupos políticos.
Enfim, orgulhar-se apenas de seus frutos para uma campanha pessoal ou governamental, sem que noutro lado não ofereça um cesto de conquistas sustentáveis com inclusão social e ambiental é o mesmo que correr “... atrás do vento”, ou seja, é tudo vaidade.

Por
Dr. Allan Marcio

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