Pesquisar este blog

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Não basta falarmos, temos que aprender a fazer...

A contínua inconstância da vontade humana nos impele a realizar certas ações que muitas das vezes nos surpreendem e trazem consequencias desastrosas até para os mais avisados ou experientes.
Percebemos isto, quando lemos em Salmos, 64, 2-3, “Esconde-me do secreto conselho dos maus, e do ajuntamento dos que praticam a iniqüidade, os quais afiaram a sua língua como espada, e armaram por suas flechas palavras amargas”.
Nós insistimos em desaprender aquilo que de fato vem de berço, ou seja, a ter uma vida fraterna em comunidade e priorizando a relação de respeito que germina dos valores cultivados entre irmãos.
Entretanto, quando iremos saber que nossas inclinações se desviam da conduta coerente da vida em sociedade? Quando entender que a unidade do ego sempre leva as desvantagens irreparáveis diante do altruísmo da coletividade?
Quando o “ser social” tenta em comunidade fazer a “diferença”, mas uma vez um “diferente/indiferente” surge estranhamente e tenta “resetar” toda iniciativa prospera que anseia por converter em melhorias para os munícipes.
O mecanismo de “pesos e contrapesos” que visam o equilíbrio da vida em sociedade se vê em grande parte do tempo ameaçado por “forças obscuras” que procuram desestabilizar a “balança da justiça social”.
Quando se celebra o “contrato social” para compartilharmos num Estado Democrático de Direitos vivemos sobre os holofotes de normas e leis.
Só que, infelizmente, insistimos em atropelá-los por concepções puramente individualistas ou grupista que ferem mortalmente as conquistas de uma municipalidade.
Outra coisa, seria o uso ineficaz que se faz do princípio da “universalidade” das ações da administração pública em poder prestar serviços compatíveis com os “direitos sociais” da população.
Estes mesmos direitos fundamentais começam a serem distorcidos por maquiavelismo toscos de gestores inacabados de ética e moral que levam-os, praticamente, apenas compactuar de mais um círculo vicioso de descaso e de ingerência pública.
Rousseau, no Sec. XVII, lembra-nos que não há “Nada mais perigoso do que o poder nas mãos de quem não sabe usá-lo”. Daí, o principal refém desta nefasta associação é a exclusão e caos sócio urbano.
Portanto, é indispensável refletir que dentro de uma gestão pública teremos que praticar atos com responsabilidade técnica e legal, mas entende-se, também, que nossa competência é limitada, enfim, compreenderemos sempre que estaremos precisando um do outro em virtude eterna falibilidade humana e própria incapacidade de sermos muitos sozinhos.

Por
Dr. Allan Marcio

Nenhum comentário:

Postar um comentário