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terça-feira, 6 de abril de 2010

Sarandi... Por que insistimos em não aprender a Planejar?

A classe gestora de Sarandi assiste atônito ao avolumar de dilemas e problemas que a cada dia afloram no seio da sua “urbanidade sucateada” levando a concretizar aquele pessimista pensamento do “grande abacaxi” que precisa urgentemente ser “descascado” e desacidificado pela maestria do pouco usado “Planejamento Estratégico” municipal.
Assim, como ser “estratégico” em resolver demandas sociais, se não aprendemos a desenvolver um “planejamento” de médio e longo prazo?
Cadê a nossa “executabilidade” do Plano Diretor, Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária que seriam como “bússolas” que norteariam o contra-ataque de políticas públicas alvejando as demandas sociais crescentes que, até ontem, ainda não foram amplamente divulgada como se legalmente preconiza os princípios da “transparência” e “publicidade” dos atos públicos?
Quando se tenta levantar algumas das inumeráveis conceituações sobre o termo “planejamento estratégico” vem-nos algumas considerações tidas, por aqui em Sarandi, como mais prevalentes em detrimento a outras em matéria de gestão pública.
Ou seja, enquanto não conseguirmos realizar a integração plena intra e inter secretarias administrativas provocada pela sistematização do trabalho em prazos e subdivisões adaptadas à realização de objetivos analisados com extrema flexibilidade nas contingências sociais aliada a participação do controle social com respeito a notoriedade gestora em apoiar suas metodologias em modelos múltiplos de Gestão organizacional, estaremos apenas correndo “atrás do vento” e não provocando nenhuma melhora “estratégica” continuada em Sarandi.
É preciso, para ontem, rever os pontos conflitantes nos Planos de Ação Públicos diante das intermináveis “contradições de interesses” que insistem em jogar os problemas para “debaixo do tapete”, pois este fator apresenta uma inércia enorme refletida na propensão em se manter as estabilidades políticas da mesmice retrógrada.
Outro fator seria a visão imediatista dos governantes em querer resolver a “demanda social” na força da “canetada ou rolo compressor” atropelando os tramites legais e incorrendo, fatalmente, em vícios de improbidade administrativa.
Aliás, e não esquecendo da escassa visão política dos técnicos em planejamento público, bem como do famigerado “burocratismo” e rigidez teórica para a implantação do planejamento em si sem a motivação e participalidade do corpo de servidores públicos.
Hoje, então, enfrentamos uma “realidade problematizada” bem mais distinta que nossos antecessores onde os desafios contemporâneos estão mais evidentes e exigindo cada vez determinação e capacidade de gestão por parte da administração pública.
Neste contexto, o planejamento estratégico[1][1] com o social e o urbano estarão sempre vinculado a uma política pública que, por sua vez, será construída e constituída das relações de tensões entre forças sociais presentes numa dada realidade concreta.
Nesse “circulo democrático” germinará o vínculo administrativos que será sustentado pelos eixos, prioridades, estratégias e direcionado para atenção ou superação das demandas próprias das políticas públicas, sem prescindir de suas inelimináveis interfaces.
Portanto, as “questões sociais” têm como matéria-prima aquelas expressões que manifestam uma “necessidade coletiva” não atendida se constituindo em objeto da política, a qual precisa ser reconhecida e incluída na “agenda pública” transformando-se em programa, ação, benefício, ou seja, em uma determinada resposta às demandas acumuladas para que Sarandi não se torne apenas o mesmo e não se renove.



Por
Dr. Allan Marcio

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