Primeiro temos que diferenciar o que significa Liderança e Governança. “Liderança” segundo o Dicionário Aurélio significa ter “Comando, direção, hegemonia”. Enquanto que “Governança” é quando “a eficácia e a legitimidade da atuação pública se apóiam na qualidade da interação entre os distintos níveis de governo, e entre estes e as organizações empresariais e da sociedade civil”.
Tomar decisões difíceis é exigência diária da “Liderança”. Os líderes precisam contratar e demitir, lançar novas estratégias e arriscar posturas políticas, e tudo isso pode gerar estresse e sentimento de culpa. A presença de culpa não é conseqüência de ter tomado a decisão errada, mas da própria escolha. E essa é a condição humana: o gestor é um ser que faz opções.
Löffer, entende “Governança” como uma nova geração de reformas administrativas e de Estado, que têm como objeto a ação conjunta, levada a efeito de forma eficaz, transparente e compartilhada, pela Administração Pública, pelas empresas e pela sociedade civil, visando uma solução inovadora dos problemas sociais e criando possibilidades e chances de um desenvolvimento futuro sustentável para todos os sujeitos sociais.
Só que no atual contexto social sarandiense estes dois conceitos operacionais em gestão pública não conseguiram ser empregados de forma coesa e articulados com as realidades sociais. Percebe-se, assim, um desencontro de métodos quanto a aplicabilidade no gerenciamento das necessidades do espaço público.
Esta realidade é bem resumida na moral da estória da Fábula do “Riacho” de Leonardo da Vincci, onde “quem tudo quer, tudo perde”. Não basta ser “governo” é preciso saber liderar com compromissos compartilhados e não individualizados ou grupistas.
Nem todo que lidera, governa, bem como o inverso é verdadeiro. Hoje para se “gerir” a cidade de Sarandi com a complexidade urbanística e social atual, não basta ter liderança ou governança é preciso, essencialmente, amar ser sarandiense.
Sabemos que o processo de administração pública é cheio de lacunas e vieses humanamente impossível de ser gerenciado por métodos “centralistas” ou “clientelistas” como nossa história testemunhou. Porém, é indispensável, saber rever na íntegra o sentido sociológico da “gestão popular” sob a ótica do controle social ampliado.
Para que estes fatores democráticos se revitalizem ou se tornem prático na seara pública, será preciso rever uma pequena regrinha do líder espiritual Indiano, Mahatma Gandhi, “Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”.
Diante deste contexto local, a Governança e Liderança devem ser exercidas com humildade e responsabilidade com toda uma população que anseia por melhoras, mas que primam por respeitos e Direitos.
Portanto, as classes sociais sarandienses estarão sempre aberta a diálogo democrático, caso solicitado, em promover articuladamente e integradamente a reestruturação da gestão pública local rumo a um futuro mais digno e com justiça social.
Por
Dr Allan Marcio
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