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quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Servidor Público Sarandiense: entre a “Greve” e a “Desmotivação”

Segundo o Estatuto do Servidor de Sarandi (Lei 10/92) “Cargo Público” é o conjunto de atribuições e responsabilidades previsto na estrutura organizacional que deve ser cometido a um funcionário.
Além do mais, os mesmos terão tratamento uniforme, no que se refere à concessão de índices de reajustes, de antecipações de reajustes, de outros tratamentos remuneratórios ou no que concerne ao desenvolvimento nas carreiras.
Entretanto, nesta “longa disciplinizarização” elencada em seu “Estatuto” não observamos normativas que tratam especificadamente sobre os “valores” e as “motivações” de ordens intrapessoais, intradepartamentais e intrasecretariais sobre o ser humano em si e sua relação com as condições de trabalho perante aos seus “chefes”.
Assim, perguntamos: como está a articulação e mobilização sobre à política de Planos de Carreiras dos Servidores Municipais, bem como a relação entre seus aspectos psicossociais e as medidas paliativas adotadas pelo poder central no sentido daqueles prestarem um serviço de atendimento de qualidade ao público?
Em Sarandi, segundo o Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal, a Rede Municipal de Servidores se compõe, algo em próximo de 1900 Funcionários efetivos e 100 cargos em comissão (CCs).
Entre eles, repartem uma massa salarial em torno de R$ 2,0 milhões, com salário médio de R$ 1052,00/servidor que somados aos Cargos em Comissão (CCs), dividem outros R$ 130 mil perfazendo assim um salário médio de R$ 1300,00/CCs (em média), perfazendo um montante da Folha de Pagamento na ordem de R$ 2,2 Milhões.
Isto representa uma média de 47 cidadão/servidor em Sarandi, bem maior frente aos 37 cidadão/servidor tidos em Maringá com 380 mil habitantes e Marialva que detém de 31 cidadão/servidores que abriga 33 mil habitantes.
Entretanto, assistimos a certos “bloqueios” dos mesmos em não poder prestar o tão pretendido trabalho de “utilidade pública” de qualidade nas suas repartições em virtudes de desentendimentos internos por conflitos de competências ou hierárquicos.
É preciso rever, urgentemente, este “diálogo perdido” entre o gestor da pasta com seus comandados no sentido de harmonizarem suas diferenças ideológicas ou estratégicas para que não “emperrem”, ainda mais, o frágil dinamismo da máquina pública e o povo não pague este ônus por falta de liderança servidora dos Secretários (as).
É preciso frisar a salutar a medida tomada pelo Executivo de reuniões semanais entre Secretários junto com Corpo Diretor das referidas pastas.
Entretanto, torna-se imprescindível avaliar, também, as “pontas da ação pública”, ou seja, como está a qualidade na aceitação das “ordens” acatadas pelos Servidores Municipais, bem como quais suas sugestões e apoios na recondução de ações integradas que ampliem a eficácia das mesmas?
Portanto, como nos ensina Carlos Matus “... um governo não pode ser melhor que a organização que comanda” porque as estruturas mentais/culturais organizacionais (convivência de distintos objetivos particulares no interior da prefeitura) promovidas pelos Servidores (Art. 209º da Lei 10/92 - Estatuto) têm influência decisiva sobre as práticas de trabalho. Enfim, são eles (as) os agentes definidores da quantidade e a qualidade dos resultados produzidos pela prefeitura.

Por
Dr. Allan Marcio

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