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segunda-feira, 17 de maio de 2010

E a Saúde Pública de Sarandi... Em Coma? Ou em Estado Vegetativo?

Que a saúde pública tá num “coma” crônico, isto a própria comunidade vem testemunhado, mas como a atual gestão haveria de desenvolver estratégias para, pelo ao menos, recompô-la a um estado de “coma induzido”? Hoje, em Sarandi, temos R$ 3,5 Milhões de Recursos Vinculados à Saúde, ou seja, 27,43% em relação ao Índice preconizado pelo Governo Federal que é de 15%.
Entretanto, poderia ser bem melhor frente aos mais R$ 13,1 Milhões destinados à pasta da Saúde nas dotações orçamentárias do município, segundo o Relatório do 2º Quadrimestre de 2009, no sentido em dar mais um alento aos milhares de irmãos sofredores sarandienses, caso houvesse um pouco mais de gestão dos fundos e ampliação desta alocação.
Outro dado curioso e intrigante é a gama de “Consultas” prescritas pelo corpo clínico das unidades de saúde de Sarandi. Pois de acordo Prestação de Contas da Saúde 4º Trimestre/2009 relativo ao Total Geral das Consultas Básicas Realizadas em 2009, prescreveu-se 201.539 consultas naquele ano.
Quer dizer, dá uma mediana de 16.794,61 consultas ao mês, 559 ao dia e 23 por hora, ou seja, a cada 3 minutos um paciente é atendido em Sarandi, isto contabilizado num sistema de atendimento 24 horas. Enquanto, o recomendado pela OMS requer, no mínimo, 30 minutos por paciente.
Além disso, só o Setor de Emergência do Município de Sarandi (Pronto Atendimento), atenderam em 2009 um Total de 103.799 intervenções, ou seja, são 8.649 atendimentos/mês, 288 por dia, 12 por hora, assim a cada 5 minutos há uma entrada de um moribundo no setor de emergência de Sarandi.
Neste contexto, é o mesmo que dizer que cada um dos moradores de Sarandi, no ano de 2009 certamente foram quase “2 vezes” visitar os Postos de Saúde ou Unidades de Pronto-Atendimentos da cidade. Então perguntamos, você que nos lê, fez alguma consulta ou atendimento médico em 2009 pelo município? Se não, há algo de errado nestes cálculos, não acha?
Isto posto, se temos um gasto de Saúde por habitante na ordem de R$ 131.805 [1] segundo o SIM-AM, todavia o que se constata é um gasto na ordem de R$ 98,4 por habitante segundo a Prestação de Contas, há uma “hiato enorme” nesses dados que precisam ser explicados.
Assim, diante desta condição patológica na saúde pública local na questão de “recursos” como se procederá a contratação dos tão necessários funcionários da saúde referentes ao antigo concurso público (2007) (32 Servidores ao todo) se extrapolamos em quase dois (2%) os limites da Despesa Total com Pessoal (95% dos 54% determinados pela LRF)? É possível e viável isso do ponto vista da Lei de Responsabilidade Fiscal?
Portanto, diante deste “estado vegetativo” adquiridos ao longo de sua história por imperícias, incompetências e negligências por parte da Gestão em si, não basta ser um excelente Secretário para desatar estas “ataduras” das ingerências.
Enfim, é imprescindível uma articulação numa espécie de “força-tarefa” com as demais secretarias municipais sob a coordenação do gestor público promovendo uma ampla de campanha de promoção de saúde no sentido de conter o avanço da demanda espontânea e reprimida as verdadeiras arautas das infecções hospitalar acometidas ciclicamente em nossa terminal saúde pública sarandiense.

Por
Dr. Allan Marcio

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